A
feminilidade é uma realidade projetada e criada por Deus - o seu dom precioso a
toda a mulher - e, sob um aspecto diferente, um presente gracioso também para os
homens. A diferença entre homens e mulheres não é apenas uma questão biológica.
Em todos os períodos da história da humanidade e até décadas recentes, o
conceito geral era o de que as diferenças eram tão óbvias que não havia
necessidade de comentá-las. Contudo, nunca tanto quanto hoje se faz mais
relevante o lembrete de Paulo aos cristãos de Roma para que os padrões do mundo
não venham a moldar-nos, mas sim, que deixemos Deus renovar o nosso interior, a
nossa mente (Romanos 12:1).
Nem
o homem nem a mulher são suficientes para abrigar, sozinhos, a imagem divina
(Génesis 1:27). Os dois, no entanto, representam a imagem de Deus - um deles, de
uma forma especial, o iniciador; o outro, o correspondente. Deus fez Eva a
partir do homem e trouxe-a para o homem. Quando Adão deu o nome a Eva, aceitou a
responsabilidade de "desposá-la" - de ser seu provedor, protector e líder. A
submissão é o ingrediente básico da feminilidade. Como noiva, a mulher no
casamento abre mão da sua independência, do seu nome, do seu destino, da sua
vontade e, por último, no quarto nupcial, do seu corpo para o noivo. Como mãe,
ela abre mão, no real sentido, da própria vida em benefício da vida do filho.
Como solteira, ela rende-se de forma ímpar para servir ao Senhor, à família e à
comunidade.
A
feminilidade é receptiva. Ela aceita o que Deus dá. Noutras palavras, as
mulheres devem receber o que lhes é dado, seguindo o exemplo de Maria, e não
insistir no que não lhes é dado, repetindo o engano de Eva. Isso não implica que
a mulher deva submeter-se a perversidades, como coerções ou conquistas
violentas. O espírito manso e tranquilo do qual fala Paulo é o ornamento da
feminilidade (1Pedro 3:4), que encontrou o exemplo ideal em Maria, mãe de Jesus.
Ela estava disposta a ser um vaso escondido. Esse tipo de maternidade está à
disposição de toda a mulher que se humilha diante do Senhor, não para que
desempenhe simplesmente um papel biológico, mas para que exerça uma atitude de
abnegação e de submissão ao Senhor. O desafio da feminilidade bíblica é que nós
sejamos mulheres realmente santas, que nada pedem a não ser o que Deus deseja
nos dar, recebendo com ambas as mãos, e de todo o coração, seja o que for. A
feminilidade é um tesouro precioso para ser guardado e acalentado a cada
dia.
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